Esse é o primeiro curso sobre a língua brasileira de sinais realizado no Tribunal de Contas
Nesta segunda-feira, 18 de agosto, começou o curso “Libras para Todos: Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais” para servidores, membros e estagiários do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCETO). As aulas seguem até 24 de outubro, sendo instruídas pelas especialistas e intérpretes Eva Brito e Rafaela Martins.
A iniciativa da formação em libras incentiva o aprendizado dos membros da Corte sobre os fundamentos básicos da libras e cultura surda, para que sejam capazes de comunicarem-se com as pessoas da comunidade e assim promoverem a inclusão das pessoas com deficiência auditiva nos serviços prestados pelo TCETO.
A instrutora Eva Brito fala sobre a importância da acessibilidade em um órgão como o Tribunal de Contas. “Um instituto como o tribunal tem um papel muito importante dentro da sociedade, então ele precisa ser um órgão inclusivo para que quando as pessoas com deficiência chegarem aqui se sintam acolhida e possam se comunicar. Então essa disponibilidade e vontade do servidor de aprender para atender ao público é muito importante porque o público só vem quando tem acessibilidade.”, declara.
Rafaela Martins, que também instruiu a aula, destacou sobre como o curso demonstra a parceria da Corte com a promoção das políticas públicas de acessibilidade. “O tribunal trabalha na linha educativa e sempre procura ajudar as pessoas a desenvolverem políticas públicas, e a acessibilidade é uma política pública muito importante. Ter o curso aqui é uma demonstração de que o tribunal está comprometido com a acessibilidade e quer que seus servidores tenham a capacidade de se comunicar e promover a acessibilidade.”.
Na primeira aula, foi abordada a teoria sobre a língua brasileira de sinais e apresentado alguns conceitos e características sobre a comunidade surda, além de um quiz de conhecimentos gerais sobre a libras. Dentre os conteúdos apresentados, explicaram que a libras foi reconhecida como idioma oficial no Brasil em 2002; a privação da linguagem e o processo de aquisição da língua; as identidades surdas e a diferença entre linguagem e língua.
Além disso, trouxeram algumas curiosidades, como o fato de haverem 14 línguas de sinais distintas identificadas no Brasil, através de pesquisas, e que a primeira língua de sinais brasileira se chama Ka’apor, e surgiu dentre a comunidade indígena no Maranhão.
O participante David Torres, diretor do Instituto de Contas, comentou sobre como o curso poderá ajudar os membros a melhorarem sua atuação no órgão, “é principalmente uma questão de inclusão social, porque se um deficiente auditivo chegar hoje no tribunal, não há quem o receba, então pegar pessoas para aprenderem o inicial facilita a comunicação com a comunidade surda”.
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